quinta-feira, 12 de julho de 2012

Teste da conversa

Saiba como medir e controlar a intensidade e o ritmo de sua corrida de uma maneira fácil e divertida




É comum encontrar corredores que treinam acompanhados por colegas, garantindo uma boa conversa durante a atividade física. Para aqueles que ainda não possuem um frequencímetro - aparelho que mede os batimentos cardíacos durante a prática esportiva - ou não são monitorados por um treinador, que avalia o desempenho, o “teste da conversa” pode ser uma boa pedida para descobrir a intensidade da corrida. 

Como é uma autoavaliação, não deve substituir nenhuma das opções já citadas, mas pode ajudar o corredor a mensurar o esforço, o ritmo e a respiração. Por exemplo: ao acelerar as passadas, a diminuição das palavras durante a conversa é natural. Nota-se, portanto, um aumento de intensidade, de baixa para média. Em treinos de intensidade média, a frequência cardíaca fica entre cerca de 60 a 75%, e ainda é possível manter um diálogo, mas com frases pequenas.

Quando a corrida chega a um nível de intensidade de média para alta, poucas palavras poderão ser ditas, pois o esforço entre as passadas também aumenta. A partir dessa intensidade, na qual a frequência cardíaca fica entre 80% e 95%, o atleta deve manter a concentração e equilíbrio da respiração, para finalizar bem a corrida.

Treinos de volume - distâncias mais longas - e, especialmente de "tiros", nos quais aumentam o esforço e o desgaste físico, a capacidade do diálogo diminui. Portanto, é importante avaliar esses níveis de esforço para não gerar nenhum desconforto, como aquela pontadas, conhecidas como “dor do lado” ou “dor no baço”. Veja abaixo como se avaliar:

Medição da conversa durante cada ritmo:

Trote ou Jogging -Quem trota é cavalo! brincadeiras a parte. É possível manter uma conversa sem sofrimento. Ritmo ideal para quem está iniciando no esporte.

Ritmo leve ou confortável - Ainda é possível manter uma conversa, mas com pausas maiores entre as palavras. Ritmo ainda indicado para iniciantes, mas com moderação.

Moderado - Possível formular poucas palavras, sem que o corredor consiga, porém, manter uma conversa prolongada. Ritmo indicado para treinos específicos de quem corre há algum tempo.

Forte - Aqui a pessoa consegue dizer apenas poucas e curtas palavras e fica difícil conversar. Ritmo indicado apenas para corredores mais experientes.

Respiração
Correr com amigos, além de ser divertido, ajuda a descobrir e testar diversas particularidades durante a prática esportiva, como a respiração. Esse é um ponto importa nte no esporte, que muitas vezes não tem a atenção necessária. A respiração feita de forma equilibrada, conforme o tipo de treinamento, ajuda a mensurar as condições físicas e a melhorar a performance do corredor. 


Uma respiração errada ou mal feita pode prejudicar o desempenho de qualquer atleta, seja ele iniciante ou não. O ideal é usar esse teste também para aprender a respirar adequadamente e não perder o ritmo durante as passadas. O ponto principal é manter a cadência respiratória, pois quando o corredor está conversando, ele pode perder essa harmônia. Outro cuidado a ser tomado é com a frequência cardíaca, que aumenta ao falar, e pode deixar o atleta mais ofegante e mais cansados.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

MOTIVAÇÃO

Qual a razão que levam os atletas a praticarem exercícios físicos. Entenda um pouco de onde vem .

É válido ressaltar que o fator motivação não surge isoladamente e sim constitui-se num processo subjetivo e intrínseco de cada sujeito. Ou seja, o que motiva um dado atleta a jogar futebol pode ser absolutamente diferente de outro atleta, que é motivado por corridas de rua. O que quero dizer é que a motivação para a escolha e, por conseguinte, execução de uma determinada modalidade esportiva tem relação com sua cultura e com seu contexto bio-psico-social. E tal contexto não é exatamente igual entre os seres (mesmo que de uma mesma família), uma vez que cada um concebe a realidade de uma maneira e porque cada um é um ser único com suas singularidades. 

“Os motivos são construções hipotéticas, que são aprendidas ao longo do desenvolvimento humano (ontogênese) e servem parta explicar os comportamentos dos indivíduos. (...) Assim, as experiências vividas pelas pessoas são fundamentais para definirem suas estruturas de motivos. Uma vez que os motivos são pre disposições dos próprios indivíduos.”(WINTERSTEIN,2011). 

E no que diz respeito aos iniciantes de atividade física, estes devem ter bem claro o que os motivou a escolherem se exercitar ao invés de serem sedentários. Geralmente tal escolha está ligada a alguma necessidade física (recomendações médicas, por exemplo). Todavia, existem casos em que se opta por exercícios físicos como uma forma de se fazer amizades (socialização), por entretenimento, por lazer, por esporte (profissional ou amador), para estar em forma (questões estéticas) ou, simplesmente, por bem-estar físico e mental. 

A partir do momento em que se tem, como ponto de partida, o que ensejou o início da atividade ou exercício físico, podem-se definir quais aspectos podem manter a motivação para continuar tal prática. O que quero dizer é que, o que mantém de fato o praticante em pleno vigor “esportivo” ou físico é seu ponto de partida, ou seja, o que o motivou inicialmente para estar ali. A partir daí, nos casos em que se deseja emagrecer, o iniciante vai manter suas atividades físicas concomitantemente com uma alimentação balanceada e saudável. No que diz respeito ao iniciante de modalidade esportiva, ele deverá manter-se conectado com outras pessoas que já pratiquem a mesma atividade esportiva há mais tempo que ele, para que se mantenha motivado. 

É necessário que um iniciante de exercícios físicos saiba o que o motivou para tal escolha. Ou seja, no que diz respeito ao contexto motivacional, existem 02 (dois) tipos de motivação. A motivação extrínseca e a motivação intrínseca. 

A motivação intrínseca é aquela que já nasce dentro de cada ser, ou seja, é inerente de cada ser humano, seja ele do meio esportivo ou não. Esta confere prazer em aprender, em executar determinada atividade, em simplesmente atingir uma meta. Este tipo motivação é evidente e está em voga na mídia, nas academias, nas assessorias esportivas, pois diz que deve-se ultrapassar os próprios l imites, ou seja, a motivação intrínseca trata da AUTO-SUPERAÇÃO. 

Já a motivação extrínseca, como o nome sugere, é externa ao sujeito em si, uma vez que para ela existir é necessário que algo de fora supra este tipo de motivação. Ou seja, é essencialque, por meio da execução de uma atividade física ou intelectual haja uma recompensa, algo de fora que motive o sujeito ter realizado tal tarefa. 

É válido ressaltar que a motivação intrínseca é geradora de satisfação, de alegria, de prazer, de sentimento de dever cumprido, enquanto que a motivação extrínseca é capaz de perecer ao longo do tempo. E você, iniciante de atividade física ou esportiva, encontra-se motivado em sua vida pessoal? E na prática esportiva, você tem se deixado guiar por qual tipo de motivação?